Afinal, o Windows 10 não será a última versão do Windows (uma frase tirada de contexto, mas que se tornou viral).

Durante agosto deste ano será disponibilizado oficialmente o novo Windows 11.

O novo Windows 11 requer, no mínimo, um processador dual core, 4GB de RAM e 64GB de disco. O requisito mais crítico é a necessidade da plataforma contar com suporte TPM 2.0, com um chip usado para garantir a segurança e integridade do sistema. A Microsoft publicou a lista de processadores Intel que cumprem com este último requisito na sua página. As atuais instalações do Windows 10 que cumpram os requisitos mínimos, poderão ser atualizadas gratuitamente para o novo Windows 11, mas, por causa do TPM 2.0, estarão limitadas a máquinas com 2-3 anos de antiguidade no máximo.

O Windows 11 introduz algumas alterações estéticas, sendo a principal delas a barra de tarefas, agora fixa e centrada na parte inferior do ecrã. As janelas passam a ter cantos arredondados e torna-se mais fácil ajustá-las em esquemas predefinidos. Contempla ainda um outro conjunto de alterações mais ou menos relevantes.

Para quem usa o Windows Home (a maior parte dos utilizadores particulares e mesmo alguns empresariais), a instalação do Windows 11 irá requerer o uso duma conta Microsoft.

A aplicação Skype deixará de ser instalada por defeito. No seu lugar, a Microsoft instalará o Teams, que será a nova ferramenta de comunicação por defeito.

Outra alteração importante é que as atualizações mais “pesadas” deixarão de ser lançadas a cada 6 meses, como até agora, e passarão a ser feitas a cada 12 meses. Estas atualizações introduziam alterações significativas no sistema operativo e eram (e ainda são) uma dor de cabeça constante para utilizadores e administradores.

Finalmente, a Microsoft vai tentar relançar a sua loja – a Microsoft Store.

A Microsoft precisa que a loja funcione para poder avançar, e até agora houve um conjunto de falhas que impediram o seu sucesso: desconhecimento por parte dos utilizadores finais, falta de tração e, portanto, falta de interesse e motivação para publicadores, receios quanto a custos de publicação na loja, etc. Com o Windows 11, todo tipo de aplicações poderão ser distribuídas através deste canal. Para reduzir fricção, as taxas foram reduzidas (em comparação com outras lojas) e até é permitido que uma empresa use a sua própria loja dentro da Microsoft Store e não pagar taxas por isso (definitivamente um fator diferenciador com lojas Android e iOS).

A Microsoft Store é uma necessidade em diversos aspetos: sem uma loja funcional, os utilizadores têm que ir buscar o software a websites e outros recantos da Internet pouco recomendáveis, o qual não traz qualquer garantia e constitui, nalguns casos, pirataria, e noutros uma fonte de vírus e outros programas maliciosos. Com a nova loja, a Microsoft espera criar um mecanismo de distribuição de software controlado, que pague taxas, mais seguro e mais fácil para o utilizador final.

Como se isso fosse pouco, para aumentar o interesse dos utilizadores e programadores na loja, será possível descarregar e correr aplicações desenvolvidas para Android a partir da loja da Amazon. Só com este passo, o número de aplicações na loja no momento do lançamento já aumentou significativamente.

Ainda não está claro como ou quando lidarão com toda a base legada e que é fonte de constantes problemas e falhas no Windows.

O Windows 11 é um passo na direção certa. Não será o último, mas será o sucesso da Microsoft Store que definirá o seu futuro.