gmail-privacy-nn-northcott-150813_lead_media_image_1De acordo com o artigo no The Register, a Microsoft é obrigada a dar acesso aos dados dos seus clientes ao governo americano.

Isto já era sabido em relação aos centros de dados no território americano. Nestas condições, uma empresa europeia (ou de qualquer outra parte do mundo) que usasse os serviços da Microsoft (ou da Google, ou qualquer outra empresa americana) podia ver os seus dados espiados diretamente pelo governo americano. Mas não só, o próprio governo americano podia bloquear o acesso da empresa cliente aos seus próprios dados.

Para evitar os receios dos clientes, diversas empresas americanas (Microsoft, Google e Amazon incluídas) iniciaram a construção de centros de dados espalhados geograficamente como forma de garantir que esses centros ficavam sob a legislação dos territórios onde estavam instaladas. Assim, os centros europeus ficavam sob a proteção de dados na Europa e ofereciam uma garantia aos clientes europeus.

A última decisão do tribunal nos Estados Unidos obriga à Microsoft a cumprir as ordens do governo americano onde quer que estejam localizados os dados. Efetivamente, esta decisão destrói a finalidade da dispersão geográfica.

Nestas condições, e tendo em conta tudo aquilo que se tem vindo a saber em relação às atuações do governo americano, é difícil acreditar que os nossos dados estão 100% seguros nas mãos das empresas americanas. Só é de lamentar a falta de alternativas reais na Europa.